No vasto panorama das doenças reumáticas, a fibromialgia se destaca como uma condição que desafia a compreensão médica por apresentar alguns sintomas incomuns e, até então, inexplicáveis. Esta síndrome crônica é caracterizada por uma dor musculoesquelética generalizada, acompanhada por fadiga, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas. Afeta em sua maioria as mulheres, embora também possa ocorrer em homens — de cada 10 pacientes, sete a nove são mulheres — e em qualquer faixa etária, mas geralmente entre os 30 e 60 anos.
A fibromialgia compartilha algumas características em comum com as patologias raras, como a ausência de uma causa única, a manifestação depois de eventos graves (como um trauma físico, psicológico ou infeccioso), a progressão de uma dor localizada que avança e domina todo o corpo (cujo motivo ainda é desconhecido), além da dificuldade em diagnosticar a condição, visto que não há testes laboratoriais ou de imagem específicos para confirmar a presença da fibromialgia.
Apesar de todas essas características em comum, a síndrome da fibromialgia não é uma condição rara, estima-se que afete cerca de 2-4% da população mundial, o que a coloca em uma categoria de prevalência significativa. Mas em função das características compartilhadas com as patologias únicas, esse questionamento se faz comum: em 2023, a pergunta “fibromialgia é uma doença rara?” foi a quarta mais frequente no Google, em relação às condições raras.
O tratamento da fibromialgia é multidisciplinar e visa principalmente aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Isso geralmente envolve uma combinação de medicamentos, terapias físicas, terapias cognitivo-comportamentais e mudanças no estilo de vida. Além disso, a conscientização sobre a fibromialgia também desempenha um papel crucial na melhoria do suporte aos pacientes e na promoção da pesquisa sobre a condição. Educar tanto os profissionais de saúde quanto o público em geral sobre os desafios enfrentados pelos pacientes com fibromialgia pode ajudar a reduzir o estigma associado à doença e melhorar o acesso a cuidados adequados.
Logo, embora a fibromialgia não seja uma doença rara, sua complexidade e os desafios enfrentados pelos pacientes merecem atenção e esforços contínuos para melhorar o diagnóstico, tratamento e apoio. É essencial aumentar a conscientização e promover um entendimento mais profundo sobre a fibromialgia para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.
FONTES:
Parabéns! ÓTIMO resumo ... Poderiam acrescentar que também NÃO é auto imune por não ter anticorpos ou falha genética. Seria uma doença de origem inflamatória ?